quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Razão.
Ler,assistir,entender...Nelson Rodrigues é bem questionador. tanto nas crônicas, teatros, tvs; ele surpeende de modo particular e generalizado. Particular por ele ser o autor e generalizado por se adequar aos vários tipos da sociedade. Realmente intriga. No texto " Velhos espartilhos" de 1968, ele associa épocas ao mundo da mulher vestida ; ou despida.Também enfoca o homem na soberânia usando um tipo de terno, fraque, e é assim mesmo. Na mulher, no uso de espartilhos na " belle époque",dava sustento a beleza acenturadíssima e um tanto tentadora.Como diz o dramaturgo, poeta...enfim:_Uma época tem um estilo pra se assoar,usa outro pra se vestir ou pra se despir. Mas o que seria se não houvesse as tentações? Um nu hoje em dia nem é tão tentador assim. Beleza tem que ser com artifícios e o natural se tornou cheios de retoques com o tal de "fotoshop"; _se escreve assim? Uma pergunta vem: Como se veste ou se despe a presente geração? Vestir e despir não é para todos na mesma proporção. Analisando dois mendigos no centro de Fortaleza, percebi semelhanças diversas como loucuras nos olhares,mansidão nos andares;sujeiras nos corpos;etc. Só que um estava vestido com farrapos ordenados em dobras ou tiras de tecidos que só se deixava mostrar o rosto e as maõs; era uma mulher.Até na cabeça usava uma espécie de turbante ou turantes.Achei que estaria morrendo de calor. O outro mendigo, esse homem, estava nu, ou quase por causa de um micro-short ( calção) rasgado que nele só se cobria o sexo .Notei que o vestir e o despir nem choca tanto mais assim. Carros passando e nem aí. Gente, essas nem olhavam tais criaturas. Era como se eles estivessem n'outro mundo que ali tudo podia. Pensei: E se eu tirasse a roupa?Teria de sujar-me para compôr, e poderia ficar no anonimato? Percebi que não! Haveria um alguém tipo eu, voçê, que sacaria minha performance. Foi onde vi que tudo tem haver com a RAZÃO. Então, Nelson Rodrigues é gênio por ter RAZÃO mesmo que escandalosamente choque na tv, teatro ou livro. Por: Fernando Marques. Turma C noite.
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